quinta-feira, 31 de março de 2011

Órgãos estudantis da UPT


Para além da formação académica, a UPT oferece-te também uma vasta diversidade de órgãos/associações/organizações, nas quais os alunos podem integrar e assim completarem o seu percurso académico.
 

Psicologia Clinica

A psicologia clínica pode ser definida como a subdisciplina da psicologia que tem como objecto de estudo, a avaliação do diagnóstico, a ajuda e o tratamento do sofrimento psíquico, seja qual for a sua origem (doença mental, disfunções, traumatismos, mal-estar interior…). Deve ser considerada como uma actividade prática, mas também como um conjunto de teorias e métodos. Têm como objectivo o diagnóstico, que permite descrever um sujeito e os problemas que ele apresenta, classificar o problema e definir a sua forma especifica, o estudo do desenvolvimento, da origem e dos mecanismos dos problemas, o estabelecimento de um prognóstico e a proposta de intervenção.

Áreas de intervenção:
-Transtorno mental: classificação e análise de factores determinantes;
-Psicodiagnóstico: técnicas para aquisição de informações psicológicas relevantes;
-Intervenção psicológica: diferentes formas de intervenção nos problemas psicológicos do individuo (ex. psicoterapia).
-Psicologia da reabilitação: área específica da psicologia clínica que se dedica ao acompanhamento e reinserção da pessoa no seu quotidianos após um tratamento prolongado, quer de doença física, quer de transtorno mental.

Métodos de Aplicação
A psicologia clínica baseia-se em métodos clínicos entre os quais: estudos de casos, observação de comportamentos, análise dos discursos, sem recorrer a experimentação (reprodução controlada dos comportamentos).

População Alvo
Recém-nascidos, crianças, adolescentes , adultos e idosos.

Qual é a diferença entre um psicólogo e um psiquiatra?
A formação de um Psiquiatra desenvolve-se no âmbito da Medicina. De uma forma geral, a Psiquiatria tem por objectivo tratar as doenças mentais que possuem uma causa orgânica (endógenas). Neste sentido, utiliza exclusivamente o modelo médico, tanto no diagnóstico como no tratamento das doenças. Aqui os problemas são vistos como uma doença ou perturbação, sendo estabelecido um diagnóstico e levado a  cabo um  tratamento (baseado maioritariamente em psicofármacos). O psiquiatra faz uso de recursos da medicina tais como análises clínicas, técnicas de radiodiagnóstico, electroencefalogramas, etc.
De uma forma geral, o Psicólogo estuda e diagnostica os problemas do indivíduo através de entrevistas, questionários e instrumentos de avaliação, sempre no âmbito de uma relação estabelecida entre o profissional e o cliente e dentro de uma moldura psicossocial. O trabalho do Psicólogo passa pela intervenção psicoterapêutica, pelo aconselhamento psicológico ou outras modalidades que visem a promoção do desenvolvimento do indivíduo, focando-se nos processos mentais, emocionais e fisiológicos que afectam o comportamento e funcionamento humano.

Psicologia do Desporto

O que á a Psicologia do Desporto?
A Psicologia do Desporto é uma área da Psicologia,  que vai estuda o comportamento  dos indivíduos em situação de prática desportiva, bem como todos os fenómenos que a ela podem associar-se. A partir da compreensão desses fenómenos conseguir intervir no sentido de optimizar o rendimento e o bem-estar físico e o envolvimento e equilíbrio psicológico das pessoas.

Entre muitas saídas profissionais:
- Clubes Desportivos
- Escolas de Formação Desportiva
- Associações e Federações Desportivas
- Autarquias
- Health Clubs
- Ginásios
- Centros de Fitness
- Desporto Escolar e Organismos Públicos ligados ao Desporto
- Empresas ligadas ao Desporto
- Clínicas de Recuperação
- Escolas de Educação Especial
- Ensino Superior e outros organismos de Educação em geral

O que faz um Psicólogo do Desporto?
A intervenção, de um psicólogo do desporto situa-se, por um lado, no âmbito da optimização do rendimento desportivo, através do desenvolvimento das características psicológicas individuais, e , por outro, na promoção de estilos de vida saudáveis, através da promoção da actividade física enquanto  comportamento de saúde, da implementação e avaliação de programas que visam a motivação para a sua prática e da alteração de comportamento de risco.
O papel do Psicólogo em contexto desportivo pode ser: na área da investigação, destinada a contribuir para o avanço e desenvolvimento da teoria e do conhecimento; na área da formação e ensino, no apoio a desportistas, equipas, treinadores, árbitros e organizações desportivas, tendo em vista o desenvolvimento de competências psicológicas para a optimização do treino e do rendimento desportivo.
Tarefas que o Psicólogo do Desporto pode executar:
- Ajudar atletas de alta competição a desenvolverem estratégias de preparação para lidarem com as exigências da competição e do treino;
- Aplicar a investigação na aprendizagem motora e nos processos psicofisiológicos para maximizarem regimes de prática e forma física;
- Apoiar  treinadores, gestores e árbitros na promoção e melhoria das suas competências de comunicação e relação interpessoal;
- Consulta psicológica a atletas lesionados, durante a sua reabilitação;
- Aconselhar os jovens atletas com, viagens frequentes para competições internacionais, no modo como lidam com o desapontamento, doenças e problemas familiares;
- Trabalhar com o staff e equipas de promoção de saúde;
- Facilitar um clima motivacional;
Áreas de Intervenção em Psicologia do Desporto e da Actividade Física
- Motivação
 - Comunicação entre Treinador  e Atleta
- Visualização Mental
- Relaxamento
- Dinâmica de Grupos
- Atenção
-Concentração
- Formulação de Objectivos
- Assertividade
- Competências Emocionais
- Optimização de Competências ( pessoais/sociais )
- Liderança
- Treino de Controlo da Respiração
- Lesão
- Ansiedade pré-competitiva
- Preparação Psicológica para Competições


Psicologia Criminal

O que é a Psicologia Criminal?


O que faz um Psicólogo Criminal?


Entre muitas saídas profissionais:
- Tribunais
- Institutos de Medicina Legal
- Serviços Prisionais e Policiais
- Comissões de protecção a menores
- Centros de reeducação
- Gabinetes de Atendimentos a vítimas de crime
- Centros de atendimento a toxicodependentes
- Prevenção social nas Autarquias e Escolas


Psicologia da Educação e da Orientação

É o ramo da psicologia que estuda o processo de aprendizagem nas suas várias vertentes, como por exemplo, os mecanismos de aprendizagem dos indivíduos; eficiência e eficácia das estratégias educacionais; estudo do funcionamento da instituição escolar enquanto organização.
Os psicólogos educacionais desenvolvem o seu trabalho em conjunto com os educadores para tornar o processo de aprendizagem mais eficaz para o aluno, principalmente no que diz respeito à motivação e às dificuldades de aprendizagem.

Áreas de Intervenção:
-Aprendizagem ao longo do ciclo de vida.
-Relações interpessoais, bem-estar e saúde ao longo do ciclo de vida.
-Práticas educativas.
-Percursos de vida.

Modalidades de Intervenção:
Aconselhamento educacional e vocacional.
Consultoria educacional e vocacional.
Programas de educação vocacional.

População Alvo
Crianças, jovens, adultos e seniores em contextos educacionais.

Neuropsicologia

A Neuropsicologia é o ramo da psicobiologia que se ocupa do estudo da relação entre a actividade cerebral, sobretudo a do córtex, e os processos psíquicos complexos. A Neuropsicologia Clínica, é o componente prático da Neuropsicologia Humana, uma vez que transporta os conhecimentos obtidos na investigação neuropsicológica para os domínios da avaliação, diagnóstico e tratamento das patologias do sistema nervoso central.

O Mestrado em Neuropsicologia Clínica, tem como objectivo:
- Dotar os mestrandos de conhecimentos avançados relativamente à neuro- psicologia humana, propedêutica e semiótica neurológicas e elementos neurobiológicos, que são relevantes para a prática clínica
- Facilitar a aplicação desses mesmos conhecimentos na praxis, quer ao nível da avaliação e diagnóstico, quer ao nível do aconselhamento e da reabilitação neuropsicológicas. Consequentemente, ao concluir o mestrado o aluno adquire as seguintes competências
-> Capacidade para observar e realizar avaliação neuropsicológica do paciente com lesão/ disfunção cerebral
-> Aptidão para formular hipóteses funcionais e diagnósticas
-> Capacidade para planear e executar programas de reabilitação neuropsicológica
-> Capacidade para realizar investigação científica na área da neuropsicologia humana e clínica.

O que faz um Neuropsicólogo?
Um Neuropsicólogo é um profissional com formação superior em psicologia, especificamente no domínio da Neuropsicologia ou com uma pós-graduação nesta área. O Neuropsicólogo estuda a inter-relação entre o funcionamento biológico (extracto neuronal) e psicológico dos fenómenos. O Neuropsicológico, tal como o psicólogo cognitivo, estuda a linguagem, a motricidade, a percepção, a atenção e a memória mas dedica uma especial atenção à localização cerebral e funcionamento neuronal destas capacidades.

Qual a diferença entre um Neuropsicólogo e um Neurologista?
O Neurologista é um médico - possui uma formação superior em medicina e especializa-se em Neurologia - e como tal observa o funcionamento cognitivo de um ponto de vista mais estrutural, recorrendo a conhecimentos sobre o sistema nervoso e biológico do corpo e encarando os problemas como uma doença ou perturbação, que geralmente necessita de medicação ou de técnicas médicas para ser tratada. 

  
Como tal, os seus instrumentos de avaliação passam geralmente pelas técnicas radiológicas (RX, TAC, ECG, PET scan) ou pelo exame físico dos pacientes, e a sua intervenção baseia-se geralmente na prescrição de fármacos que regulem o funcionamento neurológico do sujeito. O Neuropsicólogo não é um médico, mas um profissional com formação geral em Psicologia e específica em Neuropsicologia, pelo que recorre a técnicas de avaliação psicológica (testes e provas neuropsicológicas) e a sua forma de intervenção passa sobretudo pela estimulação cognitiva, tentando melhorar o funcionamento das funções afectadas. Tal como acontece entre o Psicólogo e o Neuropsicólogo, ainda que com abordagens, métodos e formas de intervenção diferentes estes profissionais trabalham frequentemente em equipa visando o mesmo objectivo comum: o bem estar do paciente.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Psicologia e as suas perspectivas históricas

Psicologia- É a ciência que estuda o comportamento (tudo o que organismo faz) e os processos mentais (experiências subjectivas inferidas através do comportamento).

Perspectivas históricas
Estruturalismo- Wundt (considerado por muitos o pai da nova Psicologia),  tinha um método de trabalho denominado estruturalismo, que se dedicava ao estudo de reacções simples à estímulos realizados sob condições controladas.
Funcionalismo - Os seus estudos estavam voltados para a função dos processos mentais conscientes. 
Perspectiva BiológicaEsta perspectiva ao estudo do funcionamento dos genes, do cérebro e dos sistemas nervoso e endócrino para explicar o comportamento humano.
Perspectiva Psicodinâmica- Segundo a perspectiva psicodinâmica o comportamento é movido e motivado por uma série de forças internas, que buscam dissolver a tensão existente entre os instintos, as pulsações e as necessidades internas de um lado, e as exigências sociais de outro. O objectivo do comportamento é assim a diminuição dessa tensão interna.
Perspectiva Sociocultural- Esta perspectiva sublinha a importância da cultura na formação da personalidade.
Perspectiva Comportamentalista- A perspectiva comportamentista procura explicar o comportamento em relação aos estímulos do meio ambiente que o influenciam.
Perspectiva Humanista- Em reacção às limitações das correntes comportamentista e psicodinâmica surgiu nos anos 50 do século XX a perspectiva humanista, que vê o homem não como um ser controlado tanto por pulsações interiores quanto pelo ambiente, mas como um ser activo, que procura o seu próprio crescimento e desenvolvimento. 
Perspectiva Cognitivista- o foco central desta perspectiva é o pensamento  humano e todos os processos baseados no conhecimento – atenção, memória, compreensão, recordação, tomada de decisão, linguagem, entre outros. Esta perspectiva dedica-se assim à compreensão dos processos cognitivos que influenciam o comportamento.
Perspectiva Evolucionista- A perspectiva evolucionista procura, explicar o desenvolvimento do comportamento e das capacidades mentais como parte da adaptação humana ao meio ambiente.


Unidades curriculares da Licenciatura em Psicologia

1º ano (1º semestre):

- Biologia Humana I

- História da Psicologia

- Estatística e Análise de Dados I

- Metodologia de Observação

- Psicologia da Cognição I

- Psicologia da Comunicação

1º ano (2º semestre):

- Biologia Humana II

- Estatística e Análise de Dados II

- Metodologia de Investigação

- Psicologia da Cognição II

- Psicologia da Motivação

 

2º ano (3º semestre):

- Psicofisiologia

- Epistemologia da Psicologia

- Psicologia do Desenvolvimento I

- Psicologia da Educação I

- Psicologia Social I

- Avaliação Psicológica

2º ano (4º semestre):

- Psicologia da Personalidade

- Psicologia do Desenvolvimento II

- Psicologia da Educação II

- Psicologia Social II

- Psicopatologia I

3º ano (5º semestre):

- Psicopatologia II

- Psicologia da Saúde

- Intervenção Psicológica I

- Intervenção Psicológica Vocacional

 

3º ano (6º semestre):

- Psicopatologia do Desenvolvimento

- Psicologia das Organizações

- Intervenção Psicológica II

- Intervenção Psicológica em grupos